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O diagnóstico e o luto do filho idealizado.

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O processo do luto se faz necessário diante de uma condição de perda, seja ela real ou fantasia. Pode ser a perda da liberdade, de um ente querido, de um objeto de apego, mudança de casa, doença. Quando entramos no estado de luto emoções controversas se manifestam como o desânimo, culpa, ansiedade, tristeza, alívio, confusão.   Ao gestar um bebê não somos preparados para alguma adversidade que possa advir. Quando este filho recebe um diagnóstico, mesmo sem perceber, os pais entram em luto do filho idealizado e as preocupações de como agir com o filho real. E fragilizados, recebem a pressão da sociedade que não admite lamentos, estes pais não podem expor os seus medos, anseios, tristeza porque a sociedade v

ai julgar e exigir deles a aceitação imediata do diagnóstico com prerrogativa de que se não acolhem o diagnóstico não amam esta criança. Este evento da sociedade é simplesmente cruel para com a família. Neste momento tudo o que os pais precisam é de acolhimento e  que suas emoções sejam validadas. Estes sentimentos podem ser transitórios e resolvidos positivamente à medida que volta a confiança. Mas quando o luto não é devidamente elaborado  pode gerar o luto patológico e suas consequências. Procure um profissional especializado para auxiliar nesta fase de ressignificação do filho idealizado para o filho real.

Por: Dalcionete Marcon (Neuropsicóloga – Clínica Superarsi).