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Orientação Parental

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A Orientação parental tem sido um dos temas mais recorrentes dentro do nosso contexto clínico, tanto em reuniões de equipe com os terapeutas, em reuniões com os pais e em supervisão com os profissionais que dão consultoria à clínica.

A equipe Superarsi iniciou essa modalidade de atendimento da TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) com os pais e cuidadores, por considerar de suma importância para o tratamento a colaboração e envolvimento da família no processo de desenvolvimento.

Essa modalidade foi proposta com o objetivo de orientar, educar e preparar nossas famílias sobre formas de lidar com situações problema envolvendo comportamento, bem como, formas de agir e para melhorar a relação familiar e agir preventivamente para diminuir as oportunidades de ocorrência e emissão de comportamentos problema.

De acordo com Martins (2009), a base de socialização da criança é de responsabilidade dos pais, sendo dever dos mesmos fornecer um ambiente seguro e encorajador para o desenvolvimento de seus filhos.

Além disso, tal relação deve ser fonte de apoio, segurança, afeto, bem-estar e proteção, ingredientes essenciais para um desenvolvimento e formação saudável.

Os pais são os primeiros mediadores das crianças com o mundo, eles lhes ensinam linguagem e comunicação e se tornam os agentes de socialização das mesmas.

A qualidade dessas interações e a relação familiar influenciam diretamente na saúde mental de toda a família, principalmente das crianças.

As práticas educativas utilizadas pelos cuidadores podem se tornar fatores de risco ou de proteção

para os filhos (Sousa & Cruz, 2016)

A World Health Organization (2014) evidencia que os fatores de risco ao desenvolvimento saudável da criança, podem ser prevenidos através de programas de suporte aos pais e cuidadores. Estas intervenções têm finalidade de promover um preparo mais adaptado para os pais, especialmente quando se trata de casos de crianças com problemas de comportamento.

Friedberg e McClure (2004) assinalam que é de extrema importância a combinação da psicoterapia infantil com a orientação de pais, pois os comportamentos problemas das crianças ocorrem com maior frequência fora do ambiente terapêutico.

partir do reconhecimento de que os pais são agentes efetivos nas mudanças comportamentais de seus filhos é possível promover e avaliar programas de orientação para pais, os quais, de um modo geral, focalizam o ensino de novas habilidades e trabalham na melhoria do relacionamento entre pais e filhos, além de fornecer um modelo adequado de interação (Stern, 2003).

A orientação de pais é empregada como uma estratégia que visa intervir no contexto familiar. A partir da identificação dos fatores que mantêm o comportamento problema da criança, é possível incentivar a modificação dos estilos parentais que interferem nas habilidades sociais da criança, o que contribui para um tratamento eficiente. (Neufeld, 2011).

É com o foco no desenvolvimento dos nossos pacientes e aumento na qualidade de vida das famílias que acompanhamos, que estamos cada vez mais buscando e implementando estratégias de intervenção que contribuem para o sucesso do tratamento e para melhora dos prognósticos individuais.